(post de mai/2010)

Abrindo a sessão lugares de São Roque, hoje vou escrever sobre a Adega Quinta do Olivardo que fica na Estrada do Vinho (roteiro turístico da cidade).

Para a alegria dos proprietários das adegas localizadas nesse roteiro, a maioria tem ficado muito cheia principalmente aos domingos e nas férias, então, antes iniciar a jornada de visitações às principais, passei no restaurante para deixar reservada a mesa.

Esse lugar é um restaurante especializado em comida típica portuguesa (até tem outras poucas opções diferentes no cardápio, mas confesso, nunca experimentei). Tem uma lojinha de produtos locais e uma degustação de vinhos e vários tipos de queijos e salames.

O proprietário do lugar, o Saqui e sua esposa, sempre são muito gentis e recebem os clientes e turistas com muita disposição e simpatia. Os atendentes são todos muito cordiais e te oferecem a degustação com o sorriso estampado no rosto.

Nesse dia, além do tradicional salame, pude experimentar o salame de avestruz. Uma delícia. É um salame magro e muito saboroso. Entre os queijos, o que fica curtido no vinho tem um sabor muito peculiar. 

Na parte dos vinhos, além do já tradicional bordô tinto seco, hoje experimentei uma novidade: o cabernet sauvignon. Encorpado, com o aroma da uva bem aparente. Recomendo.

Depois da degustação, você passa pelos produtos à venda. Ninguém te obriga a comprar coisa alguma, te deixam bem à vontade com isso, mas muitas vezes é irresistível não levar um salaminho, ou um queijinho…

Bom, como fui lá para almoçar o bacalhau, vamos à ele. Mas antes tenho que falar da deliciosa “alheira”. É tipo uma lingüiça de pão. Isso mesmo, de pão. Muito saborosa mas não se parece com uma lingüiça frita normal. Ela é feita de carne suína, de perú e frango, toucinho, vinho branco, alho, pimentão, salsa e condimentos. É uma típica lingüiça portuguesa que vem com batatas regadas ao azeite, e servida numa porção não muito generosa (serve realmente só duas pessoas) na panelinha de pedra, acompanhadas por quatro ou cinco fatias de pão caseiro. Serve duas pessoas como entrada e custa R$ 25,00. O preço não é muito barato, pensando na relação custo X benefício, mas se está disposto a saborear uma iguaria portuguesa muito gostosa e gastar um pouquinho a mais, vale a pena.

Agora, o que você não pode deixar de pedir são “os bolinhos de bacalhau”!!! Esses sim, valem cada centavo. Nunca comi um bolinho de bacalhau como esse,  sequinho, de tamanho médio para o grande, são bem recheados de bacalhau. Com um limãozinho ou uma pimentinha ainda? São uma delícia. Cada um custa R$ 8,00, mas valem a pena.

Como meu filho não come peixes em geral, lá eles fazem um sanduíche de lingüiça ao vinagrete no pão francês. Ele sempre pede esse lanche (até quando não sei, mas espero que essa fase do não-peixe passe logo). Esse lanche custa R$ 8,90 e serve bem uma criança.

Vale a pena pedir uma jarrinha do vinho da casa ou de suco de uva (tinto ou branco – o branco é delicioso) para acompanhar seu almoço, que custam na faixa dos R$ 12,00 ou contar com os valores mais elevados dos vinhos da pequena carta disponível.

Hoje eu experimentei o bacalhau a moda da casa. É um prato super bem servido. Indicado para duas pessoas mas serve bem três pessoas mais uma criança e custa R$ 70,00. O bacalhau vem em posta passado na chapa, quase sem espinhos, com brócolis, pimentão vermelho, bem regado de azeite, couve, alho, ovo cozido, cebola, azeitonas pretas pequenas e batatas. Quanto ao pimentão, acho que poderia vir um pouco menos quantidade e o único problema é a porção de arroz que acompanha, é minúscula. Tem que pedir uma à mais para servir três pessoas e custa R$ 5,00.

Como sobremesa, pedi um pastelzinho de nata. São assados e passados no açúcar de confeiteiro. Parece uma mini fogazza açucarada. De tamanho delicado, vem quentinho, uma delícia. 

Tudo é servido naquela louça azul e branca típica açoriana. Cai muito bem com o local que é rústico, tem uma vista linda do vale e a decoração é toda baseada nos objetos antigos de família, como a vitrola, o antigo moedor de uva. No meio da adega, além dos docinhos da região à venda, tem um mini-museu do vinho e nas paredes capas de vinil antigas.

A música que toca é sempre fado, que dá um toque bem charmoso e romântico ao lugar, não muito alta, o que é bom, pois não atrapalha a sua conversa na mesa.

O local tem um amplo estacionamento e se quiser ir apenas para lanchar, na parte de fora tem um quiosque que vende o lanche de lingüiça, queijo coalho e o delicioso bolinho de bacalhau.

Por estar sempre de casa cheia, o atendimento não é rápido, e espere gastar ali algumas horas e entrar no clima frio, dependendo da época do ano e saboreando o seu bacalhau.

Notas: 

serviço e atendimento: 8,0
preço: 7,0
qualidade da comida: 8,5
ambiente: 7,0
média: 7,6